Capítulo 22: XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS
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A sorte - devem estar lembrados - só se voltou para Napoleão pelas 7 da tarde. Ao meio-dia, o agente enviado ao teatro da guerra pelo rei da finança de então viu o exército francês esmagado e deu-se pressa em despachar um correio. O ministro da polícia mandou chamar os afixadores de cartazes, os clamadores; e um dos seus agentes chegava com uma galera cheia de impressos quando o correio da noite, que se excedera, em diligência, espalhara a nova do triunfo que verdadeiramente enlouqueceu a França. Na Bolsa as perdas foram consideráveis. Mas o grupo dos afixadores de cartazes e dos pregoeiros, que deviam proclamar a situação fora da lei, ,a morte política de Bonaparte, foi detido e aguardou que se imprimisse a proclamação e o cartaz em que era exaltada . a vitória do Primeiro Côrisul Malin, sobre quem poderia ,vir. a pesar a inteira responsabilidade da conjura, tão assustado ficou que meteu os maços; de papéis numa carroça e levou-os, pela calada da noite, para Gondreville, onde naturalmente enterrou essa sinistra papelada nos subterrâneos do castelo que comprara em nome de um homem... a quem fez nomear presidente de um tribunal imperial... Chamava-se ele... Marion! Depois voltou para Paris a tempo ainda de apresentar cumprimentos ao Primeiro Cônsul. Como sabem, Napoleão veio de Itália a França com uma, espantosa rapidez, depois da batalha de Marengo; mas é mais que certo, para aqueles que conhecem a fundo a história secreta daquele tempo, que a sua prontidão foi provocada por uma mensagem de Luciano. O ministro do Interior adivinhar: a atitude do partido montanhês, e, sem saber de onde soprava. o vento, temia a tempestade. Incapaz de desconfiar dos três ministros, atribuía o movimento aos ódios exaltados pelo seu irmão no 18 do Brumário e pela firme convicção em que estavam nessa altura o resto dos homens de 1793 de que iria haver uma derrota irreparável na Itália.
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