e tal convicção saiu certa. Animados pelo espírito de vingança postaram-se por cima da porta cocheira e carregaram as armas, prontos a matar Malin na altura em que ele se apresentasse. A condessa perdera a cabeça, via já a sua casa pasto das chamas e a filha assassinada; censurava os seus parentes pela heróica defesa que ocupara a- França durante oito dias. Laurence entreabriu a porta; à intimação de Malin. Ao vê-la, o representante confiou no seu carácter temível na fraqueza daquela criança e entrou.
- Como assim - tornou-lhe ela mal ele pronunciou a primeira palavra a pedir explicações sobre aquela resistência - então o senhor quer dar a liberdade à França e não protege as pessoas em sua própria casa? Querem destruir-nos o solar; matar-nos, e nós não teremos o direito de repelir a força pela força?...
Malin ficara especado no chão.
- O senhor, neto de um pedreiro que trabalhou para o grande marquês na construção do seu castelo - disse-lhe Maria-Paulo - acaba de deixar arrastar o nosso pai para a prisão, acreditando numa calúnia!
. - Ele será posto em liberdade - tornou-lhe Malin, que se julgou perdido ao ver que cada um dos jovens apertava convulsivamente na mão a espingarda que empunhavam.
- Deve a vida a essa promessa - disse-lhe solenemente Maria-Paulo. - Mas se ela não se cumprir esta noite mesmo, fique certo de que o não perderemos de vista!
- Quanto à populaça que para aí está a gritar - acrescentou Laurence - se o senhor a não mandar retirar, o primeiro tiro é para si… Agora, Senhor Malin, saia!
O convencional saiu e arengou à turba, evocando os direitos do lar. o habeas corpus e o domicílio inglês. Disse que a lei e o, povo eram soberanos, que a lei era o povo, que o povo não podia agir senão pela lei, e que a força não faltava à lei.