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Capítulo 9: IX - DESDITAS DA POLÍCIA

Página 96
O agente tem a palavra-de Malin, que, naturalmente, lhe prometeu protecção, um lugar, ou talvez dinheiro, caso encontre os dois Simeuse e os prenda. Mas o Primeiro Cônsul é realmente um grande homem e ,não favorece os pensamentos cupidos. Não me, interessa saber se os dois rapazes aqui estão, - disse ele ao surpreender um gesto do cura -; de uma única maneira podem ser salvos. Conhece a lei de 6 do Floreal do ano X, que amnistia os emigrados ainda no estrangeiro, com a condição de regressarem à Pátria antes do 1º Vindemiário do ano XI, isto é, em Setembro do ano passado? Como os Senhores de Simeuse, bem como os Senhores de Hauteserre, exerceram funções de comando no exército de Condé, são abrangidos pela excepção formulada por esta lei; a sua presença em França é, por conseguinte, um crime, e, nas circunstâncias em que estamos, quanto basta para os tornar cúmplices de uma horrível conjura. O Primeiro Cônsul já deu pelo vício desta excepção. que cria ao seu governo inimigos irreconciliáveis; gostava de fazer saber aos Senhores de Simeuse que não haverá contra eles procedimento legal, desde que lhe dirijam uma petição em que declarem que voltam para França dispostos a submeter-se às leis, prometendo jurar a constituição. Como compreende, esta declaração deve estar nas suas mãos antes de eles serem presos e datada de alguns dias atrás; eu posso encarregar-me de ser portador dela... Não lhe pergunto onde estão os jovens - acrescentou, vendo o cura esboçar um gesto de negação -; infelizmente estamos convencidos de que acabaremos por encontrá-los; a floresta acha-se guardada, as entradas de Paris estão vigiadas e a fronteira também. Ouça-me com atenção. Se esses senhores se encontram entre esta floresta e Paris, serão apanhados; se estão em Paris, lá os encontrarão; se voltarem para trás, serão detidos.

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pág. 96 (Capítulo 9)

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Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 96

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236