Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 12: CAPÍTULO III

Página 77
simplicidade lorpa?

E enfim, que mulher é aquela, que aí se entrevê? Porque a quer o mascarado salvar? Que roubo é aquele de 2:300 libras? Sejamos lógicos: dado o tipo do mascarado, cavalheiroso e nobre, como é que ele, vendo que o crime teve por origem o roubo, procura salvar e tem considerações por uma mulher que mata para roubar?

Se ele suspeita que o crime cometido por essa mulher teve por móbil a paixão, como explica o roubo?

Demais, se desconfiava que ela estivesse envolvida naquele fato, se estava tão ligado com ela que a queria salvar, porque a não procurou logo, porque a não interrogou, em lugar de ir surpreender gente para as estradas, e vir fazer tableau em volta de um cadáver?

Ah! como toda esta história é artificial, postiça, pobremente inventada! aquelas carruagens como galopam misteriosamente pelas ruas de Lisboa! aqueles mascarados, fumando num caminho, ao crepúsculo, aquelas estradas de romance, onde as carruagens passam sem parar nas barreiras, e onde galopam, ao escurecer, cavaleiros com capas alvadias! Parece um romance do tempo do ministério Vilele. Não falo nas cartas de F… que não explicam nada, nada revelam, nada significam - a não ser a necessidade que tem um assassino e um ladrão de espalmar a sua prosa oca, nas colunas de um jornal honesto.

Dedução: o doutor *** foi cúmplice de um crime; sabe que há alguém que possui esse segredo, presente que tudo se vai espalhar, receia a polícia, houve alguma indiscrição; por isso quer fazer poeira, desviar as pesquisas, transviar as indagações, confundir, obscurecer, rebuçar, enlear, e em quanto lança a perturbação no público, faz as suas malas, vai ser cobarde para França, depois de ter sido assassino aqui!

O que faz no meio de tudo isto o meu amigo M.

<< Página Anterior

pág. 77 (Capítulo 12)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 77

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240