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Capítulo 12: CAPÍTULO III

Página 76

Se lhes era repugnante serem descobertos, para que procuraram aquele homem? Se lhes era indiferente, para que se mascararam?

E depois, para que era um médico? Era para verificar a morte? Para acudir? Para salvar? Nesse caso então que homens são esses, que em lugar dirá botica mais próxima, a casa do primeiro médico rapidamente, logo, logo, - vão em sossego mascarar-se nos seus quartos, para irem ao crepúsculo, para uma charneca, a duas léguas de distância, representar os velhos episódios de floresta dos dramas de Soulié?

Supunham por ventura que ele estava morto? Para que era então um médico, uma testemunha? E se não receavam as testemunhas para que punham nos seus rostos uma mascara, e nos olhos dos surpreendidos um lenço de cambraia? Comedia! Comedia sempre!

Veja-se o doutor *** diante do cadáver: não há ali uma palavra que seja científica: desde a serenidade das feições até à dilatação das pupilas, tudo é falso naquela descrição sintomática.

E que homens são, o doutor *** e o seu amigo F… que na rua de uma cidade, dentro de uma casa, com os braços livres, não deitam a mão àqueles mascaras? Como é que, sendo generosos e altivos suportam certas violências humilhantes? Como é que, sendo honestos e dignos, aceitam pela sua atitude condescendente uma parte da cumplicidade?

E A. M. C.! Como o representam ali, pueril, nervoso, tímido, imbecil e coato! Ele de uma tão grande força de temperamento! de uma tão enérgica coragem! de um tão altivo sangue frio! Como se pode acreditar naquela astucia infantil, com que o doutor *** o envolve?

- O que admira é que não deixasse vestígios o arsénico!

- Mas foi o ópio! responde M. C., segundo conta o doutor ***.

Qual é a imbecil ingenuidade do homem que possa descer a esta

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pág. 76 (Capítulo 12)

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Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 76

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240