Nesse lance anunciou-se o primo Pizarro, com outros fidalgos flavienses que pediam a honra de ser apresentados ao senhor conde de Gondar.
- Que entrem - disse o general. - Mando como em casa tua, minha Ângela.
Pizarro foi com os braços abertos felicitar o velho que exclamou:
- Saiu-me a cara que eu imaginava, primo Pizarro. Parece-se bastante com o general seu tio. Aqui estou com os meus olhos envidraçados; mas conheço tudo que Deus criou, e já sei que hei de ir vendo terra até ela se abater debaixo dos meus pés. Apresento a vossa excelência, e aos seus amigos que me honra, Ângela da Costa, futura condessa de Gondar.
- Quem? - inquiriu o pávido fidalgo.
- Ângela, minha filha, casada com meu genro, o Sr. Francisco José da Costa. Agora, minha querida Ângela, se crês que Deus tem na terra os seus agentes para os grandes fins de premiar ou punir, vai abraçar aquele cavalheiro que foi o mensageiro providencial que me trouxe aqui.
Ângela inclinou-se nos braços respeitosos de Pizarro, que, mal cobrado do seu assombro, disse:
- Sr.ª D. Ângela, vejo que Deus tomou a si o encargo de a vingar da sociedade.