Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 12: CAPÍTULO III

Página 74
M. C.

Disse-lhe na minha primeira carta, senhor redator, que eu ia com o auxílio único da minha coragem e da minha astucia, pôr-me ao serviço da curiosidade de todos, procurando penetrar e desfiar a tenebrosa história que há mais de uma semana, vem todos os dias sucessivamente, no folhetim do seu jornal, apresentar diante de um publico atónito um quadro misterioso e lúgubre.

Não pude, porém, descobrir nada: indagações, interrogatórios, visitas aos lugares, tudo foi inútil. A história perde-se cada vez mais numa nevoa que a afoga: e o meu pobre M. C. lá está ainda - não sei se num retiro voluntario, se numa sequestração forçada.

Na impossibilidade de descobrir, fisicamente, por essas ruas, a verdade, resolvi ir busca-la às mesmas cartas do doutor. Analisei-as, decompu-las palavra por palavra. E sem contar os processos, apresento os resultados.

O Mistério da estrada de Sintra é uma invenção: não uma invenção literária, como ao princípio supus, mas uma invenção criminosa, com um fim determinado. Eis aqui o que pude deduzir sobre os motivos desta invenção:

Há um crime; é indubitável; é claro. Um dos cúmplices deste crime é o doutor ***. Ele está envolvido no anonimo: não tenho por isso dúvida em apresentar esta acusação formal. Se o seu nome fosse conhecido, se as suas cartas estivessem assignadas, eu, só com provas judiciárias, me atreveria a escrever esta grave afirmativa.

Sim, o doutor *** é o cúmplice de um crime: o meu pobre amigo M. C. é um desgraçado incauto, sobre quem se querem fazer recair as suspeitas que se possam ter já, e as provas que mais tarde venham a juntar-se. Este crime, que existe, aparece-nos envolvido nas roupas literárias de um mistério de teatro. As cartas do doutor *** são um romance pueril.

<< Página Anterior

pág. 74 (Capítulo 12)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 74

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240