Naquele instante senti que, afinal, talvez conseguisse dominar-me.
— Claro que pode. Só que não vai fazer isso.
— Não, isso não. É que o que fiz não foi nada.
—Tudo bem, não foi nada — repeti. — Mas temos de seguir o nosso caminho.
Ele acedeu à minha sugestão, agarrando-se ao meu braço.
— Nesse caso, quando é que volto para a escola?
Quando me virei para ele, o meu rosto não podia estar mais composto. —Sentia-se feliz na escola?
Ele pareceu considerar a questão.
— Oh, acho que me sinto feliz em qualquer lado! — Nesse caso — atrevi-me a sugerir —, se também se sente feliz aqui... — Ah, mas isso não é tudo! Claro que a senhora sabe muito...
— E acha que já sabe quase tanto quanto eu? — arrisquei, aproveitando a pausa.
— Nem metade do que gostaria de saber! — exclamou ele com a máxima das honestidades. —Não era bem a esse aspecto que estava a referir-me.
— Nesse caso, pode dizer-me o que tem em mente?
— Bem quero ver e aprender mais sobre a vida.