Vinte Mil Léguas Submarinas - Cap. 18: Capítulo 18 Pág. 70 / 258

O navio, depois de ter tocado em vários pontos do Pacífico, lançou âncora diante de Vanikoro em 7 de julho de 1827, no mesmo porto de Vanu onde se encontrava o “Nautilus” naquele momento. Ali ele recolheu numerosos restos do naufrágio: utensílios de ferro, âncoras, estropos de roldanas, uma bala de dezoito milímetros, instrumentos de astronomia já estragados, uma sineta de bronze com a inscrição “Bazin fez”, marca da fundição do Arsenal de Brest por volta de 1785. Não restavam, portanto, dúvidas.

Dillon permaneceu no local do sinistro até o mês de outubro, a fim de completar as suas investigações. Depois deixou Vanikoro e se dirigiu para a Nova Zelândia. Fundeou em Calcutá a 7 de abril de 1828 e voltou a França, onde foi calorosamente acolhido por Carlos X.

Contudo, por essa altura, Dumont d’Urville, que desconhecia as investigações de Dillon e os seus resultados, tinha já partido para procurar em outras paragens o local do naufrágio. Com efeito, soubera-se por um baleeiro que algumas medalhas e uma truz de São Luís foram vistas com os indígenas da Luisiana e da Nova Caledônia.

Dumont d’Urville, que comandava o “Astrolábio”, fez-se ao mar. Dois meses depois de Dillon ter deixado Vanikoro, ele fundeava diante de Hobart Town, onde teve conhecimento dos resultados obtidos por Dillon. Ainda nessa cidade ele foi informado de que um tal James Hobbs, imediato do “Union”, de Calcutá, ao pisar terra numa ilha situada a 8° 18' de latitude sul e 156° 30' de longitude leste, tinha visto barras de ferro e tecidos vermelhos nas mãos dos indígenas.

Dumont d’Urville, bastante perplexo e não sabendo se devia acreditar nessas histórias divulgadas por jornais pouco dignos de confiança, decidiu seguir as pegadas de Dillon.





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