Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 21: Capítulo 21

Página 88

Às duas horas e trinta e cinco minutos, o Capitão Nemo apareceu no salão e disse-me:

- Vamos partir. Já dei ordens para que os alçapões sejam abertos.

- E os papuas? Não vão entrar no “Nautilus”, capitão?

- Sr. Aronnax - respondeu-me ele, tranquilamente - não se entra à vontade pelos alçapões do meu barco, mesmo quando estão abertos.

Olhei para ele, sem esconder a minha incredulidade.

- Venha comigo, professor, venha ver pessoalmente.

Acompanhei-o para a escada central onde Ned Land e Conselho, muito intrigados, observavam alguns homens da tripulação que abriam os alçapões, enquanto se ouviam no exterior os gritos ameaçadores dos papuas. Os postigos foram descidos exteriormente e apareceram vinte caras horríveis. Mas o primeiro indígena que pegou no corrimão da escada foi projetado para trás, eu não sabia por que força invisível, e pôs-se em fuga, dando gritos de terror e enormes saltos. Seguiram-se-lhe dez companheiros, que tiveram a mesma sorte.

Conselho estava extasiado. Ned Land, levado pelo seu instinto violento, precipitou-se para a escada. Assim que tocou no corrimão caiu também.

- Com mil diabos! Estou fulminado!

A exclamação do canadiano explicava tudo. Aquilo não era um corrimão comum, mas um cabo de metal carregado de eletricidade. Quem lhe tocasse receberia um choque que seria mortal, se o Capitão Nemo tivesse lançado nele uma corrente de maior potência.

Os papuas, apavorados, tinham-se retirado, enquanto nós ríamos e consolávamos o infeliz Ned Land, que continuava praguejando como um possesso. Sua ousadia fora bem castigada.

Logo depois, levantado pelas últimas ondas da maré cheia, o submarino deixava o leito de coral, exatamente na hora prevista pelo capitão. A hélice virava as águas com majestosa lentidão e a sua velocidade foi aumentando pouco a pouco. O “Nautilus”, navegando à superfície, deixou as perigosas paragens do Estreito de Torres, são e salvo.

<< Página Anterior

pág. 88 (Capítulo 21)

Página Seguinte >>

Capa do livro Vinte Mil Léguas Submarinas
Páginas: 258
Página atual: 88

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 5
Capítulo 4 7
Capítulo 5 10
Capítulo 6 13
Capítulo 7 20
Capítulo 8 25
Capítulo 9 29
Capítulo 10 31
Capítulo 11 38
Capítulo 12 40
Capítulo 13 44
Capítulo 14 47
Capítulo 15 52
Capítulo 16 56
Capítulo 17 60
Capítulo 18 66
Capítulo 20 80
Capítulo 22 89
Capítulo 23 92
Capítulo 24 96
Capítulo 25 102
Capítulo 26 110
Capítulo 27 121
Capítulo 28 130
Capítulo 29 138
Capítulo 30 145
Capítulo 31 149
Capítulo 32 161
Capítulo 33 167
Capítulo 34 171
Capítulo 35 177
Capítulo 36 183
Capítulo 37 189
Capítulo 38 197
Capítulo 39 201
Capítulo 40 207
Capítulo 41 211
Capítulo 42 222
Capítulo 43 232
Capítulo 44 244
Capítulo 45 249
Capítulo 46 257