Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 5: CAPÍTULO IV

Página 20
Se não entregamos este caso à polícia, se cercámos de mistério e de violência a sua visita a esta casa, se lhes vendámos os olhos, é porque receávamos que as indagações que se pudessem fazer, conduzissem a descobrir, como criminoso ou como cúmplice, alguém que nós temos na nossa honra salvar; se lhes damos estas explicações…

- Essas explicações são absurdas! gritou F. Aqui há um crime; este homem está morto, os senhores, mascarados; esta casa parece solitária, nós achamo-nos aqui violentados, e todas estas circunstâncias têm um mistério tão revoltante, uma feição tão criminosa, que não queremos nem pelo mais leve ato, nem pela mais involuntária assistência, ser parte neste negócio. Não temos aqui nada que fazer; queiram abrir aquela porta.

Com a violência dos seus gestos, um dos mascarados riu.

- Ah! os senhores escarnecem! gritou F…

E arremessando-se violentamente contra a janela, ia fazer saltar os fechos. Mas dois dos mascarados arrojaram-se poderosamente sobre ele, curvaram-

no, arrastaram-no até uma poltrona, e deixaram-no cair, ofegante, trêmulo de desespero.

Eu tinha ficado sentado e impassível.

- Meus senhores, observei, notem que enquanto o meu amigo protesta pela cólera, eu protesto pelo tédio.

E acendi um charuto.

- Mas com os diabos! tomam-nos por assassinos! gritou um violentamente. Não se crê na honra, na palavra de um homem! Se vocês não tiram a mascara, tiro-a eu! É necessário que nos vejam! Não quero, nem escondido por um pedaço de cartão, passar por assassino!… Senhores! dou-lhes a minha palavra que ignoro quem matou este homem!

E fez um gesto furioso. Neste movimento, a mascara desapertou-se, descaindo. Ele voltou-se rapidamente, levando as mãos abertas ao rosto. Foi um movimento instintivo, irrefletido, de desesperação.

<< Página Anterior

pág. 20 (Capítulo 5)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 20

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240