Uma Família Inglesa - Cap. 22: XXII - Educação comercial Pág. 274 / 432

– E é com o que lhe dá! É mais simples, é mais simples… e acabou-se! Deixá-lo ser!… Não se trata aqui de ser mais simples, nem menos simples… É como é e como deve ser… Estava-se mesmo à espera do senhor para vir fazer descobertas!… Até agora temos andado todos às aranhas… Faltava cá o Sr. Carlos com as suas simplicidades! Ora não está má!… É mais simples!… Pois pior; nós não queremos coisas simples… Será mau processo, mas olhe que se tem feito e guiado muito boas casas com ele. Fie-se lá nas suas escriturações simples, e verá o que vai! Teorias!… Estou de pé atrás com elas! Não provam bem. Negociante de teorias, falência no caso. É mais simples!… Olhem a grande coisa!… Mais simples era não fazer lançamento nenhum, se vamos a isso.

Carlos pôs-se a rir. Compreendeu a repugnância que devia encontrar Manuel Quintino em ceder naquela discussão e respeitou-lha. Recuando generosamente neste campo, avançou noutro; porque Cecília soube ser grata àquela delicadeza de proceder para com o pai.

Manuel Quintino ansiava por uma desforra – encontrou-a.

Durante a passada discussão, tendo-se falado muitas vezes em facturas, o velho voltou-se agora de súbito para Carlos, perguntando-lhe ex abrupto se sabia fazer uma factura. Carlos não respondeu logo.

O homem prático pressentiu nesse campo completo triunfo. Não admitiu, por cautela, explicações verbais; mandou vir papel, pena e tinta, e disse para o discípulo:

– Risque e encha.

Carlos hesitou. Manuel Quintino saboreou as doçuras de uma vitória.

– Ora aí está! – exclamou ele. – Aí está do que servem as teorias! É isto sempre… Falam que nem um bacharel!… E vai-se a trabalhar e… passe por lá muito bem! Não atam nem desatam!… Então? Veja se se lembra de algum método mais simples de sair





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