Jenny vira tudo isto, aflita e irresoluta. Para sanar o mal, era necessário conhecer-lhe a causa, e ela ainda a não sabia. Levantou-se e foi encostar-se ao ombro do pai.
– Que tem? – disse-lhe, com voz afectuosa.
– Faço quanto posso para viver em paz, mas já vejo que não é possível.
– Então porquê?
– Pois não viste?
E levantou-se, dando alguns passos agitados na sala.
– Carlos tem vinte anos – acrescentou, passeando ainda. – Aos vinte anos, há já deveres para todo o homem… E se ele se esquece de que os tem e de que os deve e há-de cumprir… eu que sou pai…
A entrada de um criado interrompeu-o.
Mr. Richard sentou-se, pôs-se a ler o Times e recaiu no silêncio, de que nada mais o tirou. Seria o Times que o absorvia assim? O que é certo é que em toda a tarde não desviou os olhos da primeira coluna do jornal.
Muito enigmática devia vir esta primeira coluna, que tanto custava a ler!
Jenny dirigiu-se ao quarto do irmão.