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Capítulo 14: XIV - Iminências de crise

Página 167
– Hélas! – é o grito de dor, é o desespero, é a falta de coragem no infortúnio; é a última palavra de uma literatura que não tem confiança no futuro, de uma literatura que vive só do passado. Merci! – é, pelo contrário, a resignação, a esperança, o apuramento do padecer até à essência inebriante do sofrimento próprio, que chega a confundir-se com o prazer… é pois a frase digna de uma literatura viva, inspirada no futuro…

A prelecção continuou; e Carlos reconheceu, pela impaciência com que a estava escutando, a nenhuma disposição que tinha para apreciar naquela noite a sociedade de seus amigos.

Separou-se deste o mais depressa que pôde.

– Não serei eu que vá ao Guichard esta noite.

Desta vez farei a vontade a Jenny. Ficarei em casa – disse ele, logo que conseguiu despedir-se.

E entrou justamente quando já a campainha chamava para o jantar.

Jenny, vendo-o chegar, e notando o ar grave que trazia, murmurou consigo:

– Ainda é cedo para o restabelecimento. Esperemos.

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pág. 167 (Capítulo 14)

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Capa do livro Uma Família Inglesa
Páginas: 432
Página atual: 167

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - Espécie de prólogo, em que se faz uma apresentação ao leitor 1
II - Mais duas apresentações, e acaba o prólogo 11
III - Na Águia de Ouro 21
IV - Um anjo familiar 42
V - Uma manhã de Mr. Richard 53
VI - Ao despertar de Carlos 61
VII - Revista da noite 71
VIII - Na praça 81
IX - No escritório 94
X – Jenny 110
XI – Cecília 119
XII - Outro depoimento 128
XIII - Vida portuense 139
XIV - Iminências de crise 159
XV - Vida inglesa 168
XVI - No teatro 182
XVII - Contas de Carlos com a consciência 197
XVIII - Contas de Jenny com a consciência de Carlos 212
XIX - Agravam-se os sintomas 222
XX - Manuel Quintino procura distracções 236
XXI - O que vale uma resolução 247
XXII - Educação comercial 262
XXIII - Diplomacia do coração 277
XXIV - Em que a senhora Antónia procura encher-se de razão 283
XXV - Tempestade doméstica 290
XXVI - Ineficaz mediação de Jenny 298
XXVII - O motivo mais forte 305
XXVIII - Forma-se a tempestade em outro ponto 312
XXIX - Os amigos de Carlos 326
XXX - Peso que pode ter uma leviandade 344
XXXI - O que se passava em casa de Manuel Quintino 353
XXXII - Os convivas de Mr. Richard 362
XXXIII - Em honra de Jenny 371
XXXIV - Manuel Quintino alucinado 381
XXXVI - A defesa da irmã 397
XXXVII - Como se educa a opinião pública 406
XXXVIII - Justificação de Carlos 412
XXXIX - Coroa-se a obra 422
Conclusão 432