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Capítulo 32: XXXIII

Página 505
para que nos fique nos ouvidos este jovial rumor de beijos, de risos e de vozes de alegria, porque, a prolongarmos mais a narração, vê-lo-íamos abafado pelos sons revolucionários e anárquicos da filarmónica da terra, que não tardará a festejar a nomeação do conselheiro, e sobretudo pelo estridor da tuba do mestre Pertunhas, tuba verdadeiramente épica, e capaz de mudar a cor ao gesto, como a de que fala o poeta.

Fechemos, pois, aqui a história, dando apenas sucinta conta dos acontecimentos ulteriores.

O conselheiro partiu no dia seguinte para Lisboa, para tomar parte na pilotagem da nau do Estado. Estive tentado a dizer, para satisfação de ânimo dos meus leitores, que, sob a direcção dos talentos e aptidões do novo estadista, se locupletou a Fazenda Pública, prosperou a agricultura e a indústria, refulgiram as artes e as letras; e que Portugal, como a Grécia, sob Péricles, causou o assombro das nações do Mundo.

Mas receei que, fantasiando no nosso país um governo fecundo e próspero, a inverosimilhança do facto prejudicasse no espírito dos leitores a dos outros episódios narrados, e lhes entrasse com isto a desconfiança no cronista. Resolvi, pois, ser franco, declarando que, sob a direcção do conselheiro e dos seus colegas, Portugal regeu-se, como se tem regido sob as dúzias de ministérios, que nós todos havemos já conhecido.

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pág. 505 (Capítulo 32)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 505

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506