Ai, como me estão lembrando aqueles, cujos nomes me vêm de envolta com estas memórias! Tantos que, em torno do lar, costumavam reunir-se após a oração da tarde, a conversar no que dizia este livro, em um tom que me calava no íntimo do seio; há muito que eles estão com os mortos silenciosos; mas sinto-os viver ainda aqui.
Meu pai lia este livro sagrado aos filhos, às filhas, à família toda! Como era sereno o olhar de minha mãe, ao curvar a cabeça para escutar a palavra de Deus! Aquela figura angélica! Ainda a estou a ver! – Que memórias me ocorrem em tropel neste momento! – De novo parece reviver, dentro das paredes deste quarto, aquele pequeno grupo.
Tu, ó Bíblia! és o mais seguro amigo do homem! Eu tenho já experimentado a tua constância! Quando todos me traíam, achei-te fiel; vi em ti um conselheiro, um guia! As minas da terra não possuem tesouro que me compre este livro. Ensinando-me a maneira de viver, ele também me ensina como se deve morrer.»
O assunto da canção inglesa, depois que Jenny a terminou, fez cair naturalmente a conversa sobre diversas passagens da Bíblia; Mr. Richard citou um versículo, outro e outro, até que uma dúvida lhe impediu de prosseguir; daí o pedido feito por ele à filha, para verificar a exacta redacção do texto.
Jenny abriu pois o livro, que em todas as salas se encontrava sempre à mão, e leu.
Carlos gostava de ouvir ler a irmã aquelas singelas e sublimes páginas da Bíblia.
Diz-se muito mal da língua inglesa, e, de facto, ouvindo falar certos filhos da Grã-Bretanha, lembra logo os conhecidos versos:
O mundo a porfiar que os bretões grunhem
E os bretões, etc.