Uma Família Inglesa - Cap. 33: XXXIII - Em honra de Jenny Pág. 375 / 432

Enquanto julguei que ela estava no esquecimento a tempo, trabalhei por apressá-lo; desde que me convenci de que este esquecimento era impossível, desde que me convenci de que não era nele que estava a felicidade… então… voltei os esforços em direcção diversa.

Tocou a campainha, anunciando o jantar.

Os dois ingleses, tão insensíveis ao escândalo musical perpetrado por Mr. Richard, estremeceram agora à voz do instrumento tocado pela desembaraçada mão do escudeiro na sala de jantar.

– Para a mesa! – exclamou Mr. Richard, deixando em paz o piano. – Não temos a esperar por ninguém.

Em consequência da recente morte de Kate, os convites não se tinham estendido além dos dois íntimos da casa – Morlays e Brains.

Os dois ingleses e Carlos encaminharam-se para as duas senhoras.

Cecília, vendo-os, disse, segurando a mão de Jenny:

– Jenny, Jenny; se é minha amiga, deixe-me ficar aqui!

– Que diz, Cecília?

– Não posso, sinto que não posso forçar-me a ponto de…

Calou-se, estremecendo.

Carlos estava junto dela, oferecendo-lhe o braço para a conduzir à sala do jantar.

Jenny tinha fitado atentamente a sua amiga, e parecia convencer-se de que lhe seria efectivamente custoso o constrangimento de algumas horas a que se ia sujeitar.

– Não, Charles – disse, em vista disso e sem desviar os olhos dela. – Cecília não pode fazer-nos companhia. Está incomodada e precisa de alguns minutos de repouso.

Mr. Richard aproximou-se, perguntando o que era.

– Nada – respondeu Jenny –; mas seria crueldade constrangê-la. É um incómodo passageiro, mas, em todo o caso, é um incómodo.

– Será bom retirar-se ao quarto de Jenny.

Cecília escusou-se, dizendo que ficaria bem ali.

Jenny prometeu vir em breve fazer-lhe companhia.

Mr. Whitestone indicou uma poltrona própria para descanso, e foram jantar.





Os capítulos deste livro