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Capítulo 30: Capítulo 30

Página 142

Aos primeiros alvores da luz do dia, no domingo de manhã, Huck subiu a encosta e bateu cautelosamente à porta do galês. Todos dormiam, mas o sono era leve e sobressaltado em vista dos episódios da noite. Alguém perguntou da janela:

- Quem está aí?

A voz tímida de Huck respondeu baixinho: - Deixem-me entrar! Sou Huckleberry Finn.

- É um nome que basta para que esta porta se abra quer de dia quer de noite. Entra, rapaz, e sê bem-vindo.

Estas palavras eram estranhas ao ouvido do pequeno vagabundo, e as mais agradáveis que até então lhe tinham sido dirigidas, pois não se lembrava de que alguém já lhas tivesse dito.

Abriram-lhe a porta rapidamente e Huck entrou.

Deram-lhe uma cadeira, e tanto o velhote como os filhos se vestiram num instante.

- Agora, meu rapaz, estás de saúde e calculo que deves ter fome, mas o almoço estará pronto logo que o Sol nasça. Vamos ter um dia quente. Põe-te à vontade! Sempre julguei que voltasses cá e ficasses connosco a noite passada.

- Estava cheio de medo e, mal ouvi disparar as pistolas, deitei a correr, para só parar a três milhas de distância! - disse Huck. - Vim agora porque queria saber o que se passou, e vim antes de amanhecer porque tinha o pavor de encontrar aqueles diabos, ainda mesmo que estivessem mortos.

- Coitado! Pobre rapaz, vê-se que passaste uma noite terrível, mas há aqui uma cama para ti e vais deitar-te logo que acabes de almoçar. Não, não estão mortos, e bastante pena temos disso. Pelo que disseste, nós sabíamos bem o que tínhamos que fazer, por isso caminhámos na ponta dos pés, até chegarmos a menos de um metro deles - estava escuro como num buraco, por entre os maciços de sumagres, mas então senti que ia espirrar. É o que se chama pouca sorte! Tentei suster o espirro mas não pude. Eu ia à frente, de pistola levantada, e, quando espirrei, senti os patifes mexerem-se. Gritei: «Fogo, rapazes» E alvejei o lugar em que os tinha sentido. Os rapazes fizeram o mesmo, mas os dois malvados escaparam-se num abrir e fechar de olhos. Fomos atrás deles por aí abaixo, sem nunca os agarrarmos. Cada um deles disparou também, antes de deitar a fugir. No entanto, as balas assobiaram perto de nós sem nos tocarem. Quando deixámos de ouvir o barulho dos passos, desistimos de os perseguir e fomos à aldeia chamar a polícia. Então mandaram uma porção de homens guardar as margens do rio e, logo que amanheça, o xerife vai com um grupo passar uma busca pela floresta.

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Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 142

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174