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Capítulo 18: Capítulo 18

Página 91

Era aquele o grande segredo de Tom - o plano da sua volta à aldeia com os irmãos piratas para assistirem à celebração dos ofícios fúnebres por sua intenção. Tinham atravessado o Missuri sobre um tronco, ao anoitecer de sábado, saltando para terra cinco ou seis milhas abaixo da aldeia; tinham dormido num bosque dos arredores até amanhecer e, depois de terem atravessado ruas escuras, dormiram ainda um sono na galeria da igreja, por entre uma quantidade de bancos partidos.

Na segunda-feira de manhã, ao almoço, a tia Polly e Mary mostraram -se muito ternas para Tom e cuidadosas em satisfazer todos os seus desejos. Conversou-se mais do que era costume, e, em dado momento, a tia Polly disse:

- Não acho que fosse uma brincadeira muito engraçada deixarem toda a gente a sofrer por vossa causa quase uma semana, enquanto vocês gozavam, mas tenho pena, sobretudo, que tivesses coragem para me fazer sofrer assim. Do mesmo modo que puderam vir ontem, num tronco, para assistirem aos ofícios fúnebres, também podias ter vindo para me dar a entender de uma maneira ou de outra que não estavas morto.

- Sim, podias ter feito isso - disse Mary -, e estou certa de que o farias se te tivesse ocorrido.

- Não é verdade, Tom? - perguntou a tia Polly com ar de descontentamento. - Fazias isso se te lembrasses, não é verdade?

- Sim... Não sei. Isso estragava tudo.

- Tom, sempre julguei que gostasses de mim o bastante para o fazeres - disse a tia Polly numa voz triste que desconcertou o rapaz. - Se gostasses de mim o suficiente para o fazeres, já não era mau, mesmo que o não fizesses.

- Não vale a pena insistir, tia Polly! - pediu Mary. - Bem sabes que Tom não o fez por mal, mas é um pateta e anda sempre numas tais correrias que nunca se lembra daquilo que deve.

- Tanto pior! Sid ter-se-ia lembrado e não deixaria de o fazer. Tom, quando um dia recordares o passado, quando já for tarde de mais, hás-de arrepender-te de não teres sido mais meu amigo. Afinal custava-te tão pouco!

- Oh! Tia! Bem sabe quanto lhe quero! - afirmou Tom.

- Podia saber melhor, se o mostrasses pelo teu procedimento.

- Tenho muita pena de não me ter lembrado! - disse Tom mostrando-se arrependido. - Mas, em todo o caso, sonhei consigo. Já é alguma coisa, não acha?

- Não é muito, e até um gato o faria, mas é melhor do que nada. O que sonhaste tu?

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Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 91

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174