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Capítulo 23: XXIII

Página 370
.. Eu posso ter todos os defeitos, menos o de colaborar de boamente numa velhacaria, e, fosse o meu maior inimigo que eu visse vítima dela, creia que procuraria desfazê-la.

- Agradeço-lhe essas palavras, que acredito são sinceras; não posso, porém, aceitar a intervenção que me oferece. Eu sou que devo justificar-me. Está empenhada nisso a minha dignidade.

- Como queira. Em todo o caso espero que uma má prevenção o não constranja a não recorrer lealmente a mim, se o meu auxílio lhe puder servir. Agora peço-lhe perdão, se alguma vez o ofendi de mais; mas, vamos lá, o senhor também não está de todo isento de culpa... E enquanto ao pretexto... adiado mais uma vez, não lhe parece? Augusto não podia fechar-se àquele carácter, que se lhe estava mostrando agora sob uma face nova e simpática... por isso respondeu, sorrindo:

- Adiado para sempre.

E estenderam as mãos um ao outro, apertando-as já sem o menor ressentimento.

Eram duas almas generosas, que acabavam de se compreender.

- É notável - pensava consigo Henrique -; estou simpatizando à última hora com este rapaz! Mas como se combina isto com a minha paixão por Madalena, a quem ele ama igualmente? Dar-se-á que ela acertasse, e que não fosse paixão o que eu senti? Isto de mulheres têm uma vista tão apurada para estas discriminações!

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pág. 370 (Capítulo 23)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 370

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506