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Capítulo 4: IV

Página 67
Ele tem sido, pode dizer-se, mestre de si mesmo. Dirigiu os primeiros estudos de Ângelo e hoje é o seu melhor amigo. A morgada, minha madrinha, legou-lhe um património para ele se ordenar: não quis, e preferiu ser mestre-escola. Meu pai, que lhe reconhecia inteligência para mais, tentou dissuadi-lo disso, mas nada conseguiu. Não há quem o arranque destes sítios.

- Prende-o talvez alguma paixão?

- Não sei. É certo que é um professor modelo. O seu primeiro despacho foi temporário; agora, porém, espera meu pai fazê-lo efectivo; para o que já ele fez novo concurso. Já vê que ambições são as deste rapaz.

- Na verdade! Com muito menos fundamentos há quem aspire a ser ministro. Mas com certeza o coração entra como elemento no problema desse carácter.

- Mas ainda agora reparo! - exclamou a Morgadinha. - Eu esquecida a conversar, e sem avisar a minha tia e Cristina da sua chegada! Não o fiz logo, porque as sabia ocupadas em umas longas novenas, em que andam; mas agora é tempo. Vai, Mariana, e tu, Eduardo; ide ambos dizer-lhes que está aqui o... o primo Henrique de Souselas.

Mariana e o irmão saíram a correr.

- Vai conhecer duas boas almas - disse Madalena, voltando- -se para Henrique. - Minha tia é uma santa senhora, cujo pior defeito é supor-se vítima dos criados; e Cristina... Cristina é um anjo.

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pág. 67 (Capítulo 4)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 67

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506