A Morgadinha dos Canaviais - Cap. 7: VII Pág. 112 / 508

.. Compadre, eu não consinto... Ora, senhores, que é forte coisa! Compadre!... veja que eu é que sou aqui o chefe da família e esta é minha mulher! Pschiu!... Basta... Compadre... basta. Então? Ora, senhores.

Mas o Herodes já não atendia; cada vez mais lhe crescia a vermelhidão nas faces; a irritação rompera os diques da cordura e ameaçava engrossar cada vez mais. Às exclamações do Zé P’reira respondia já azedamente.

- Ora adeus, temos conversado... Seja homem, que bem precisa... Não basta dar à língua... Na taverna não é que se governa a casa... A Sr.ª Catarina abstinha-se agora prudentemente.

Ermelinda, pálida, a tremer, abraçou o pai, quase chorando.

Augusto, que fora alheio ao princípio da contenda, conheceu enfim que precisava de intervir. Saiu-lhe difícil a empresa.

Ensurdeciam os ouvidos dos contendores, a um o sangue, a outro o vinho.

Depois de muito custo, conseguiu enfim apaziguá-los. Deram-se mútuas satisfações e separaram-se apertando as mãos.

Augusto retirou-se com João Cancela e Ermelinda.

O par conjugal ficou, renovando-se cedo entre eles a interminável contenda em que viviam.





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