Mas o Herodes já não atendia; cada vez mais lhe crescia a vermelhidão nas faces; a irritação rompera os diques da cordura e ameaçava engrossar cada vez mais. Às exclamações do Zé P’reira respondia já azedamente.
- Ora adeus, temos conversado... Seja homem, que bem precisa... Não basta dar à língua... Na taverna não é que se governa a casa... A Sr.ª Catarina abstinha-se agora prudentemente.
Ermelinda, pálida, a tremer, abraçou o pai, quase chorando.
Augusto, que fora alheio ao princípio da contenda, conheceu enfim que precisava de intervir. Saiu-lhe difícil a empresa.
Ensurdeciam os ouvidos dos contendores, a um o sangue, a outro o vinho.
Depois de muito custo, conseguiu enfim apaziguá-los. Deram-se mútuas satisfações e separaram-se apertando as mãos.
Augusto retirou-se com João Cancela e Ermelinda.
O par conjugal ficou, renovando-se cedo entre eles a interminável contenda em que viviam.