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Capítulo 14: XIV

Página 214

- Mãos à obra, Sr. Henrique! - bradou o conselheiro, insistindo na resolução com que viera.

- Pronto - respondeu Henrique.

- Então? então?... Que vão fazer? - perguntava D. Vitória, aflita, voltando à cozinha.

- Querem ver que preparos?! - dizia D. Doroteia, sorrindo e olhando com curiosidade para o que faziam os dois.

- Cumpro uma promessa que fiz a estas senhoras, minha tia - dizia Henrique, aproximando-se da banca, perto da qual trabalhavam Madalena e Cristina.

- É verdade que sim - acudiu Madalena - e eu exijo o cumprimento da promessa.

- Vamos lá, Sr. Henrique - tornou o conselheiro - aceite-me alguns preceitos de prática. A regra é fazer tudo o mais indigesto possível; porque essa qualidade é o característico dos manjares desta noite.

- Nesse caso, vejo que nasci para cozinhar a ceia do Natal, pois desafio o melhor estômago do mundo a que subjugue os meus guisados com os seus sucos digestivos.

- Eu já escolhi tarefa - disse o conselheiro, tirando das mãos de Cristina a colher com que ela mexia o vaso onde se preparava o vinho quente, esse punch nacional, que nesta noite seria uma falta imperdoável se esquecesse no programa daquele banquete.

Cristina quis resistir, mas o conselheiro venceu, e cedo principiou a desempenhar-se deste trabalho, no meio de hilaridade geral.

Ângelo dispensou a tia Doroteia do trabalho da preparação dos mexidos.

Henrique, seguindo o exemplo do conselheiro, e no seguimento do seu constante propósito, aproximou-se da Morgadinha, que naquele momento se ocupava a regar a calda de mel umas recentes rabanadas.

- Peço trabalho, prima Madalena.

- Não há falta de braços nesta repartição, primo Henrique. Vá a outra porta.

- Agrada-me mais essa tarefa, acho-a ao alcance das minhas forças.

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pág. 214 (Capítulo 14)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 214

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506