Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 27: XXVII

Página 415

- Diga, diga.

- Não é nada; é uma promessa que...

- Uma promessa? Que promessa?

- Sim, olhe, eu digo-lhe, mas guarde segredo! Quando o senhor esteve muito mal, que nem o cirurgião dava nada por si, a Cristinita prometeu rezar na capela dos Canaviais as estações da meia-noite...

- As estações da meia-noite?

- Sim; as estações rezadas à meia-noite à Senhora que está na capela da casa dos Canaviais. É tão milagrosa que, dizem, nunca recusou favor que se lhe pedisse assim. Contava meu pai... E vinha um caso comprovativo da tradição popular.

- Sim, lembra-me que já me falaram nisso - disse Henrique, pensativo.

- É verdade. O pior é que é este seu criado quem tem de a acompanhar até à quinta, depois de amanhã à meia-noite...

- Então depois de amanhã à meia-noite?...

- Sim, mas não diga nada, que isto é segredo da pequena.

- Esteja descansado.

E, depois de mais algumas histórias contadas por Torcato, e a que Henrique não ligou atenção, aquele retirou-se.

Ao ficar só, Henrique caiu em nova e profunda abstracção. Elaborava-se-lhe na ideia um projecto. O de ir aos Canaviais para presenciar aquele acto de fervorosa devoção de Cristina, que suplicara por ele enfermo, com o ardor da mais pura crença, com a efusão do mais generoso afecto.

Neste intento tratou de se informar a respeito dos caminhos que conduziam à quinta, que ele ainda não visitara, e sobre como penetrar até à capela da casa, onde devia ser cumprida a promessa.

D. Doroteia, D. Vitória e Madalena deram-lhe os esclarecimentos precisos sem que suspeitassem das intenções com que ele lhos pedia.

<< Página Anterior

pág. 415 (Capítulo 27)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 415

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506