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Capítulo 28: XXVIII

Página 418

Já teria chegado Cristina?... Enganar-se-ia ele na casa?... Estaria habitada a quinta?... Estas três explicações do inesperado facto debatiam-se-lhe no espírito, sem que ele soubesse qual adoptar.

Transpôs o portão e entrou na quinta. Nenhuma aparência de vida.

A chuva caía com mais força. Para se abrigar, Henrique subiu os degraus de pedra, no topo dos quais havia um patamar lajeado e convenientemente toldado.

Ao chegar ali achou também aberta a porta da primeira sala, e ao fim de um corredor pareceu-lhe divisar luz.

Henrique parou indeciso.

- Decididamente enganei-me. Não é aqui a casa dos Canaviais. Sempre perguntarei.

E bateu as palmas.

Ninguém lhe respondeu.

Bateu outra vez; o mesmo resultado.

Aventurou-se a entrar, deu alguns passos no corredor e bateu.

O mesmo silêncio; seguiu até o fim o corredor em direcção à luz; chegou a uma sala mobilada com antigas cadeiras de alto espaldar, e alumiada por um candeeiro de metal, pousado na pedra da chaminé, em cujo foco brilhavam ainda uns carvões candentes.

- Parece uma história de fadas! - pensava Henrique. - Dar-se-á que a alma da morgada goste ainda das comodidades?

Ia a dirigir-se a uma porta para chamar, quando se abriu outra do lado oposto, e apareceu-lhe uma mulher velha, com um vestuário meio do campo, meio da cidade, e trazendo uma luz na mão.

Henrique voltou-se e preparava-se para lhe dirigir a palavra, quando ela primeiro lhe disse:

- Procurava alguém o senhor?

- Peço perdão pelo meu atrevimento. Bati muito tempo à porta, e, enfim, como a visse aberta, decidi-me a entrar. Desejava saber onde é aqui a casa dos Canaviais.

- A casa dos Canaviais é esta mesma.

- Mas... eu julgava... supunha ter ouvido dizer que não morava aqui ninguém.

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pág. 418 (Capítulo 28)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 418

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506