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Capítulo 3: III

Página 48

Não lhe bastou o natural do quadro; quis revesti-lo de um figurino de convenção. Perdoe-lhe a arte, que julgou servir.

Depois de distribuir mais alguns beijos pelas crianças, a gentil rapariga passou a que tinha no colo para os braços da mãe e partiu rodeada de agradecimentos e bênçãos, perdendo-a Henrique de vista, por entre as árvores do caminho.

Aquele tipo delicado de mulher, aquela singeleza do apurado gosto, em que não podiam enganar-se olhos conhecedores, como os dele, aquela preciosa pérola ali na aldeia! Em uma terra para chegar à qual era necessário fazer uma comprida e laboriosa jornada! Donde viera ela e como? Que nuvem a trouxera? Que viração a transportara? Em tudo isto ficou a pensar Henrique, e, quando se lembrou de que podia, para esclarecer-se, interrogar alguém do grupo, já não ia a tempo; tinham dispersado.

Conseguiu finalmente passar para a devesa, e foi sentar-se no lugar em que lhe aparecera a visão e aí se demorou algum tempo; mas, lembrando-se de que eram quase onze horas, levantou-se para não faltar às promessas feitas à tia Doroteia, e que eram: a de visitar as senhoras do Mosteiro e a de estar em casa pouco depois do meio-dia, para não transtornar a regularidade dos hábitos domésticos em Alvapenha.

Pediu, pois, a uma criancita, que passava, que o guiasse à quinta do Mosteiro, e aí chegou depois de um quarto de hora de caminho.

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 48

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506