Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 5: V

Página 80

De manhã parecera-lhe a aldeia um paraíso terreal; completara- o a figura de uma mulher; sem o sorriso dela nem o primeiro homem seria feliz no éden, onde a mão de Deus o colocara.

- Anda, vagaroso, anda - disse D. Doroteia a Henrique, assim que o viu chegar. - Se o jantar tiver esturro, a culpa é tua.

- Perdoe-me, tia. Demorei-me no Mosteiro...

- Ah! Foste lá? E então gostaste daquela gente?

- É uma família para o coração. Passa-se o tempo ali tão depressa! A Morgadinha, sobretudo, é adorável!

- Ai, ai; como ele nos vem! Olha lá no que te metes, menino! A mina boa é, mas... filho, anda ali encanto, que ainda ninguém descobriu.

Henrique fitou os olhos na tia Doroteia, que dissera isto com certa malícia.

- Que quer dizer, tia?

- Tu bem me percebes. Anda lá, anda. Se fizesses tu o milagre, se quebrasses o encanto, grande coisa seria; mas sempre te digo que não tomes a coisa a peito, que podes agravar o teu mal.

Henrique levou o caso a rir, mas é certo que esteve um pouco mais preocupado e distraído no resto da tarde.

<< Página Anterior

pág. 80 (Capítulo 5)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 80

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506