Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 6: VI

Página 84

Redobrou, por isso, a solicitude no aprender; desenvolveu-se- -lhe mais e mais a inteligência, quase espontaneamente, pois justo é confessar que bem rudes eram os cuidados de cultura que o velho magister lhe sabia dar. Mas quem ignora os surpreendentes efeitos que da inteligência e do estudo, da aptidão e da vontade, podem resultar? Dotem um homem dessas duas faculdades poderosas e neguem-lhe, embora, os meios de progresso, ele caminhará, inventando- os primeiro, se tanto for preciso.

E, depois, é um grande alento aos espíritos superiores a consciência de uma nobre missão a cumprir. Não há fadigas que tal estímulo não vença; abnegação, que não inspire.

A Augusto era-lhe incitamento a ideia de que sua mãe precisava dele.

Quando ainda aos seus treze anos fosse já bem conhecida a grandeza dos sacrifícios que lhe exigiam, não hesitaria talvez, instigado por aquela aspiração; quanto mais que ainda mal lhe tinham animado os sonhos as doces imagens, tão gratas ao coração do adolescente, e a que teria de renunciar.

Suspirava por o dia do seu primeiro exame, o qual, graças aos esforços empregados, não se fez esperar muito.

Quando se aproximava a ocasião, o pai de Madalena mandou vir Augusto para Lisboa e hospedou-o em sua casa até que chegou o dia.

Não confiando demasiadamente no ensino público da aldeia, o conselheiro quis que o seu pequeno hóspede recebesse algumas lições de um professor da cidade, e deste obteve as melhores informações da inteligência do rapaz, que, só por milagre dela, conseguira sair muito pouco eivado dos vícios do ensino do campo.

Augusto demorou-se algumas semanas em casa do conselheiro.

Afinal fez o exame, no qual foi felicíssimo, obtendo nele as mais distintas qualificações.

Imagine-se o efeito que a notícia produziu na aldeia.

<< Página Anterior

pág. 84 (Capítulo 6)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 84

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506