Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 25: Capítulo 25

Página 123

- Também não gosto disto. Imagina se este daqui levantasse a cabeça

e nos dissesse alguma coisa!

- Oh! Tom, cala-te. Era horrível.

- Pois era, Huck. Tal como a ti, não me agrada pensar nisso.

- Olha, Tom, se puséssemos esta árvore de parte e experimentássemos noutro sítio?

- Pode ser. Acho que é melhor.

- Onde?

Tom pensou uns instantes e disse por fim: - Na casa assombrada.

- Oh! Diabo! Não gosto nada de casas assombradas, Tom! Ainda é pior que ao pé dos mortos. Os mortos podem falar, é certo, mas não andam à nossa volta amortalhados, saindo de onde menos se espera, nem vêm espreitar por cima do nosso ombro, rangendo os dentes, como fazem os fantasmas. Eu não podia suportar uma coisa dessas, Tom. Nem eu nem ninguém.

- Mas os fantasmas só andam de noite, por isso, se formos de dia, não nos estorvam de trabalhar.

- Tens razão. Mas sabes perfeitamente que ninguém vai à casa assombrada, nem de dia nem de noite.

- Porque ninguém gosta de ir ao lugar onde um homem foi assassinado, mas ainda não se viu nada na casa senão de noite e, mesmo de noite, o que é que se tem visto? Umas luzes azuladas que passam por detrás das janelas, mas isso não são fantasmas a valer.

- Não são fantasmas? Tu não sabes, Tom, que onde se vêem essas luzes há fantasmas, com certeza, visto que só fantasmas se servem delas. Isto mete-se pelos olhos dentro.

- Concordo. Mas, como nem as luzes nem os fantasmas aparecem de dia, por que havemos nós de ter medo?

- Pois sim, está combinado que vamos procurar o tesouro na casa assombrada, embora ache que é um bocado arriscado.

Quando a conversa chegou a este ponto, já os dois rapazes iam descendo a colina. Lá em baixo, no vale, iluminado pelo luar, estava a casa assombrada com as grades partidas havia muito, as ervas invadindo até os degraus da escada, a chaminé esboroada, os caixilhos das janelas quebrados, um canto do telhado arrombado.

Os rapazes olharam por momentos, quase persuadidos de que veriam passar luzinhas azuis por detrás das janelas, mas, falando em voz baixa, como convinha àquela hora e naquelas circunstâncias, logo cortaram para a direita e deitaram a correr, deixando para trás a casa assombrada, e meteram pelos bosques do monte Cardiff, a caminho da aldeia.

<< Página Anterior

pág. 123 (Capítulo 25)

Página Seguinte >>

Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 123

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174