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Capítulo 26: Capítulo 26

Página 128

Tirou de lá vinte ou trinta dólares para si próprio, outro tanto para Injun Joe, e em seguida passou-lhe o saco. Joe estava de joelhos ao canto, esforçando-se por abrir um buraco com uma navalha de ponta curva.

Os rapazes esqueceram todos os seus receios e tristezas num momento.

Com olhos sequiosos vigiavam todos os movimentos dos dois homens no andar inferior. O esplendor do que viam ia muito além do que tinham suposto. Seiscentos dólares era mais do que suficiente para tornar ricos dois rapazes como eles. Aquilo sim, era um tesouro e não uma incerteza. Acotovelavam-se a cada instante, e essas cotoveladas eloquentes eram fáceis de compreender, porque significavam simplesmente isto: «Foi bom termos cá ficado, não foi?!»

Em certa altura, a navalha de Joe bateu numa coisa.

- Olá! - disse este.

- Que é? - perguntou o companheiro.

- Uma tábua meio apodrecida. Não, não! É uma caixa. Ajuda aqui, para ver se conseguimos tirar isto para fora. Olha, não é preciso, porque já abri um buraco no que quer que seja.

Estendeu a mão e, ao tirá-la para fora, exclamou:

- Isto é dinheiro.

Os dois homens examinaram aquela mão-cheia de moedas de ouro.

No andar de cima os rapazes estavam tão encantados como os homens.

O camarada de Joe alvitrou:

- Temos de nos despachar. Ali no canto, por entre as ervas, está uma picareta e uma enxada, que vi ainda há um minuto.

Mal disse isto, correu e trouxe a picareta e a enxada dos rapazes. Injun Joe pegou na picareta, olhou para ela com atenção, resmungou qualquer coisa e começou a trabalhar. Passados momentos tiraram a caixa para fora. Era pequena, feita de ferro, e devia ter sido resistente antes de estar ali durante anos a enferrujar. Silenciosos e contentes, os homens contemplaram o tesouro.

- Devem estar aqui milhares de dólares! - comentou Injun Joe.

- Sempre se disse que a quadrilha de Murrel andou por aqui um Verão - observou o outro.

- Sim, e por isto parece que o que se dizia tinha fundamento.

- Agora já não há necessidade de fazer aquele trabalho.

O mestiço franziu o sobrolho e retorquiu:

- Não me conheces, ou então não sabes o que estás a dizer. Não se trata apenas dum roubo, mas também duma vingança! - disse o outro, com um brilho cruel no olhar. - Hei-de precisar da tua ajuda e, quando tudo estiver acabado, vamos para o Texas. Volta para a tua Nance e para os teus filhos e deixa-te ficar por lá até receberes notícias minhas.

- Se assim o queres... E agora, que vamos fazer disto? Enterramos tudo outra vez?

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Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 128

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174