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Capítulo 27: Capítulo 27

Página 132
Mesmo eu, se o visse, ficava a tremer.

- Também eu, mas, mesmo assim, gostava de o Ver e de encontrar a pista do seu Número Dois.

- Sim, do Número Dois. Estive a pensar nisso, mas não consigo perceber o que é. Que calculas que seja?

- Não sei. É muito profundo. Talvez o número de uma porta.

- Meu Deus!... Não, Tom, isso não pode ser. E se assim fosse, não era nesta terra do lá vem um. Aqui não há números nas portas.

- É verdade. Deixa-me pensar um minuto. Escuta! Naturalmente é o número de um quarto, numa estalagem. Que te parece?

- Olha que deve ser isso! E como há só duas estalagens, depressa se encontra.

- Fica aqui, Huck, que venho já.

Tom partiu a correr. Não queria que o vissem na companhia de Huck.

Passou meia hora. O quarto n.º 2 da melhor estalagem havia muito que estava ocupado por um advogado. Na outra, mais modesta, o n.º 2 era um mistério. O filho do dono da taberna disse que estava sempre fechado à chave, e que nunca via ninguém entrar ou sair de lá, a não ser de noite. Não sabia a razão disto, que já lhe despertara curiosidade, mas contentara-se com a ideia de que havia ali almas do outro mundo; ainda na noite anterior tinha lá visto luz.

- Isto foi o que consegui saber, Huck, e calculo que este n.o2 é precisamente o que procuramos.

- Também eu calculo, Tom. Que vamos fazer agora?

- Deixa-me pensar.

Depois de pensar muito tempo, Tom disse:

- Olha, a porta das traseiras desse n.º 2 dá para uma ruazinha estreita que fica entre a estalagem e aquela arrecadação de tijolo toda desconjuntada. Tu vê se deitas a mão a todas as chaves de porta que puderes arranjar, eu surripio todas as da minha tia, e na primeira noite escura vamos lá e experimentamos; mas não deixes de vigiar Injun Joe, porque ele disse que havia de voltar à aldeia ainda uma vez, a ver se tinha possibilidade de se vingar. Se o vires, segue-o e se não for ao tal n.º 2, é porque não é esse o lugar.

- Céus! Mas eu não quero 'segui-lo sozinho.

- Claro que isto há-de ser de noite. Talvez não te veja, mas se te vir é possível que não perceba nada.

- Está combinado. Se estiver escuro, sigo-o. Não sei. Vou fazer os possíveis

- Pois eu sigo-o se estiver escuro, Huck. Podes estar certo. Se ele se convencesse de que não podia vingar-se, com certeza ia directamente buscar o dinheiro.

- Tens razão, Tom. É assim mesmo. Eu sigo-o. Palavra que sigo.

- Isso é que é falar! Mas não fraquejes, Huck, que eu, pela minha parte, também não!

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Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 132

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174