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Capítulo 7: Capítulo 7

Página 39
Por fim, a sorte parecia estar sempre do lado de Joe. A carraça tentou uma outra coisa para lhe fugir; estava já tão excitada como os próprios rapazes. Os dedos de Tom ansiavam por agarrá-la, porém o alfinete de Joe não lhe dava descanso. Tom não pôde suportar aquilo por mais tempo e, sem conseguir resistir à tentação, estendeu a mão direita, pronta a entrar em acção. Mas Joe zangou-se e disse:

- Não lhe toques, Tom.

- Só um bocadinho, Joe.

- Não. Não é justo. Agora não lhe mexes.

- Não te zangues, que eu só lhe mexo um bocadinho.

- Deixa-a, já disse!

- Não deixo.

- Tens de deixar, porque ela está do meu lado do risco.

- Olha lá, Joe Harper, de quem é a carraça?

- Não quero saber de quem é. Está do meu lado e não tens nada que lhe mexer.

- Pois fica sabendo que hei-de mexer, porque é minha. Até me matava se não lhe mexesse as vezes que me apetecesse!

Uma tremenda pancada caiu no ombro de Tom e outra no de Joe.

Durante alguns minutos voaram nuvens de poeira dos dois casacos, o que proporcionou um divertimento ao resto dos rapazes. Os dois amigos, absortos na brincadeira, não tinham dado pelo silêncio que se fizera, enquanto o professor se aproximava nas pontas dos pés. Tinha ficado ali um instante, a assistir ao espectáculo, e acabara por colaborar nele.

Quando, ao meio-dia, os alunos tiveram licença de sair, Tom correu para Becky Thatcher e segredou-lhe:

- Põe a touca e finge que vais para casa. Quando chegares à esquina deixa passar as outras e volta para trás pelo carreiro. Eu vou pelo outro lado e faço o mesmo.

Assim, cada um deles foi com um grupo de companheiros, e daí a pouco encontraram-se ambos.

Quando chegaram à escola, estavam completamente sós. Sentaram-se ao lado um do outro, com uma ardósia na sua frente; Tom deu a pena a Becky e segurou-lhe na mão, ensinando-a a desenhar outra casa surpreendente. Quando, passados momentos, o interesse pela arte começou a abrandar, conversaram, e Tom, doido de contente, perguntou-lhe:

- Gostas de ratos?

- Não, detesto-os.

- Também eu, mas quando estão vivos. Eu queria saber se gostas de ratos mortos, para lhes atar uma guita e fazê-los andar à roda.

- Não. Não gosto de ratos mortos nem vivos. Do que eu gosto é de pastilha elástica.

- Também eu. Quem me dera ter agora um bocado.

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Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 39

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174