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Capítulo 9: IX

Página 137

- Lá está aquela que tu abriste esta manhã para cumprimentares... Sentindo a mão de Cristina comprimir-lhe o braço, concluiu:

- Para cumprimentares a Estrela-d’Alva.

- As janelas do quarto da mamã julgo que ainda estão fechadas.

- Tanto não posso eu distinguir; contudo afianço-te que sim. A tia Vitória não é muito matinal.

- Aquela casa acolá não é a de Alvapenha? - perguntou Henrique, apontando noutra direcção.

- É - respondeu Augusto - e, mais adiante, ali tem a devesa em que passou anteontem. Não é verdade?

- É justo! Com efeito! Foi um soberbo passeio, o que eu dei! Daqui é que se vê. Lá vejo umas presas por onde me lembro de ter passado também.

- Vê, acolá, aquela casa que tem uma capela ao lado? - perguntou Madalena, apontando para um ponto distante.

- Perfeitamente.

- É a da minha quinta dos Canaviais.

- Ah! É verdade, lá estão uns canaviais, se me não engana a vista.

- Justamente. Não sei se sabe que há naquela capela uma imagem de Nossa Senhora, muito milagrosa.

- Sim? Hei-de visitá-la.

- Coisa que se lhe peça, fazendo-se o voto da meia-noite, é concedido - disse Cristina, fitando desta vez Henrique, com a expressão da mais insinuante sinceridade.

- Que quer dizer o voto da meia-noite?

- Tem uma pessoa de rezar à meia-noite, e sozinha, sete estações no altar da Senhora - continuou Cristina.

- Só isso? Boa é de cumprir a promessa. Já vejo que não há aqui na terra desejo que se não satisfaça.

- Mais devagar - acudiu Madalena, sorrindo. - Pouca gente se atreve até a ir lá à meia-noite, porque a alma de minha madrinha passeia a horas mortas por a sua antiga casa, dizem.

- Cada vez sinto mais desejos de lá ir - acrescentou Henrique, depois de ouvi-la.

- Além, entre aquelas árvores, Sr.

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pág. 137 (Capítulo 9)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 137

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506