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Capítulo 9: IX

Página 136
Chegaram, enfim, ao cimo do monte; tudo anunciava o próximo aparecimento do Sol.

- Chegámos a tempo! - exclamou Madalena que, deitando a correr, fora a primeira que atingira a planura. - Sua Majestade inda se não levantou.

Os outros estavam, dentro em pouco tempo, ao pé dela.

Houve um longo espaço de silêncio, concedido espontaneamente à contemplação daquela perspectiva solene.

As primeiras palavras que se disseram foram ditas em voz baixa, naquele tom, que insensivelmente lhes damos, quando na presença de um espectáculo grandioso e belo. Fala-se baixo e pouco; não se formulam longos períodos de aprimorado estilo, nivela-se a eloquência de todos em simples frases, como estas:

- É belo!

- É magnífico!

- É sublime! E nada mais. Pouco mais disseram os quatro na ocasião de que falamos. E eu, por análogas razões, os imitarei, desistindo de descrever o que só bem se aprecia, quando pela vista se abrange o conjunto de todo o panorama. O leitor que nunca visse alguma cena semelhante, não a imaginaria pela descrição, forçosamente pálida, que aí lhe deixasse dela; e para o que viu, a memória lhe preencherá bem a lacuna.

Desvanecida a primeira impressão, que não deixa ao espírito a serenidade precisa para os processos da análise, principiaram, como é costume, a fazerem notar uns aos outros os sítios mais conhecidos.

Isto manteve por momentos uma perfeita e desenleada familiaridade entre os quatro.

Cristina descuidou-se da sua timidez e despeitos; Madalena, dos seus projectos e desconfianças; Henrique e Augusto deixaram também a sua mútua frieza.

- Lá está o Mosteiro - disse Madalena, apontando para o lugar indicado. - Como parece pequeno, visto daqui!

- É verdade - respondia Cristina - e olha, Lena, como se vêem bem as janelas do teu quarto.

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pág. 136 (Capítulo 9)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 136

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506