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Capítulo 13: XIII

Página 198
Até há-de ter graça ver a cara com que eles ficarão todos, quando lhes sair uma coisa bem diferente do que esperam.

- Mas... diga: onde é que vai buscar esses versos?

- Não sairei da aldeia para isso. Numa visita que daqui vou fazer, conto obtê-los. Agora falemos de outra coisa. Que é de teu pai?

- Saiu a entregar umas encomendas. Minha madrinha, dali defronte, está para a igreja e meu padrinho nas hortas. E eu vou tratar do jantar de meu pai.

- Pois vai, que eu faço-te companhia.

E Ângelo seguiu-a à cozinha, e aí, ela sentada na soleira da porta a escolher hortaliça, ele a dar de comer aos coelhos e às galinhas, se entretiveram a conversar.

Ângelo falou-lhe de Lisboa, dos teatros, contou-lhe enredos de dramas que o tinham comovido; tipos e situações de romances, que se lhe haviam gravado na memória; invenções da arte moderna, versos, anedotas, contos.

Ermelinda era toda ouvidos a escutá-lo.

Passadas horas, Ângelo levantou-se e despediu-se, para sair.

- Onde é que vai?

- Vou visitar Augusto, que deve estar agora em casa.

- E ainda o não viu?

- Ainda não. A minha primeira visita foi esta.

- Então vá, que ele deve estar morto por o ver. Ah!... já sei a pessoa a quem vai pedir os versos!

- Quem te disse que Augusto os fazia?

- Eu vi-o estar a escrever na parede da capela da Senhora da Saúde de uma vez que eu ia levar o jantar a meu padrinho, que estava a trabalhar para aqueles sítios.

- E leste-os?

- Não, que não quis que ele me visse. Mas que havia ele de escrever na capela? Então não adivinhei?

- Não sei. Adeus.

- Diga.

- E chamavas-me curioso! E Ângelo saiu apressadamente.

Momentos depois estava com Augusto.

A conversa entre ambos teve toda a intimidade de dois afectuosos amigos.

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pág. 198 (Capítulo 13)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 198

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506