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Capítulo 4: IV

Página 51
Imagine-se uma vasta casaria de um andar, além do térreo, com muitas janelas de peitoril e uma só varanda de pedra, sobranceira à porta principal; acima do telhado, uma espécie de água-furtada, de construção evidentemente posterior e aconselhada aos proprietários modernos por conveniências de acomodação doméstica; e ter-se-á concebido o edifício.

Enquanto Henrique se ocupava a examinar estas particularidades, um velhito, que, sentado em um banco de pedra, que havia à porta de casa, se estava aquecendo ao sol, ergueu-se e veio ao encontro do recém-chegado, tossindo e arrastando os passos.

Junto de Henrique, o velho, de aparência meia rústica, meia urbana, depois de o saudar com grave cortesia, que deixou a descoberto o solidéu fradesco com que resguardava a fronte calva, perguntou se havia alguma coisa em que o pudesse servir.

Ouvindo, depois de repetida, a resposta de Henrique, que disse procurar a senhora, com nova cortesia lhe fez sinal para que o acompanhasse, e ambos atravessaram o pátio em direcção da casa.

No portal, o velho afastou-se de lado com toda a deferência para deixar passar Henrique; em seguida, abriu-lhe a porta de uma primeira sala, e, voltando-se, pediu-lhe que lhe dissesse quem havia de anunciar. Henrique deu-lhe para esse fim um bilhete de visita, cuja significação teve de explicar, porque o velho não a compreendia bem.

Afinal, porém, retirou-se por outra porta, levando o bilhete.

A sala em que Henrique ficou esperando era toda mobilada com pesadas cadeiras de coiro lavrado e alto espaldar, mesas de pés em espiral, e pelas paredes alguns enegrecidos retratos de frades, pertencentes provavelmente aos antigos proprietários do mosteiro.

No momento em que o velho servo, que era uma espécie de

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pág. 51 (Capítulo 4)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 51

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506