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Capítulo 5: V

Página 78

- Ó meninos! - exclamou D. Vitória, que até ali estivera distraída a discutir com Madalena. - Então isso que é? Já para baixo.

Ai, se lhes dá confiança, está arranjado, primo.

- Deixe-os estar, minha senhora; este contacto de alegrias é salutar; pegam-se.

- E não o diga a brincar - disse Madalena -, que também confio nessas crianças para o curarem dos seus males.

- Então deveras empreendeu curar-me?

- Com toda a certeza.

- Nesse caso havemos de discutir devagar esse ponto de patologia.

- Não havemos, não, senhor. É mau médico o que sofre que o doente o interrogue sobre a moléstia e o tratamento. O médico deve ser obedecido com fé, e cega.

Cristina que, havia muito, defronte de Madalena, fazia esforços por lhe chamar a atenção, resolveu-se a falar-lhe.

- Lena - disse ela - que te parece a lembrança que teve há pouco a mamã?

- A das consoadas? Excelente.

- Não, menina, a do passeio à ermida.

- Ah! Excelente também. Marquemos já o dia.

- Quando queres?

- Depois de amanhã, que é quinta-feira.

- Seja.

- Que diz, primo Henrique?

- Quando quiserem, primas; agora mesmo...

- Mas, veja lá: atreve-se a fazer uma madrugada?

- Pois não viu hoje?

- Ai, pois não! Na aldeia não se chama a isso uma madrugada.

É preciso que se levante às horas a que se deitava na cidade.

- Que estás a dizer, Lena? - acudiu Cristina. - Deixe-a falar.

Basta que saiamos daqui às cinco horas.

- Esta inocente Cristina! Pois não é o mesmo que eu digo? Pergunta ao primo Henrique se tinha costume de se deitar mais cedo em Lisboa?

- Engana-se, prima Madalena; lembre-se de que, há perto de um ano, sou valetudinário.

- Ai, é verdade, que me tinha esquecido. O que vejo é que há por aqui muita indolência.

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 78

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506