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Capítulo 25: Capítulo 25

Página 120

- Então como havemos de saber debaixo de qual delas é?

- Procurando em todas.

- Oh! Tom, mas isso vai levar o Verão inteiro!

- E que mal faz? Se encontrarmos uma panela de folha com cem dólares lá dentro, ou uma arca cheia de diamantes, que tal te parece?

Os olhos de Huck brilharam.

- Parece-me da primeira ordem! Pelo menos para mim. Dá-me só os cem dólares, que não quero diamantes.

- Está bem. Mas olha que os diamantes também não são para desperdiçar. Há uns que valem vinte dólares, embora outros não valham tanto.

- Palavra? Isso é possível?

- Certamente que é, qualquer pessoa te dirá o mesmo. Nunca viste nenhum, Huck?

- Que me lembre, não.

- Oh! Os reis têm montões deles!

- Eu nunca vi reis, Tom.

- Sim, calculo isso. Mas, se fosses à Europa, havias de vê-los, ali, a saltar.

- Eles saltam?

- Saltam? Palerma! Não.

- Então para que disseste que saltavam?

- Oh!, homem, pois não vês que é uma maneira de dizer? Para que haviam de saltar? Quando disse a saltar queria dizer que havias de ver muitos à tua volta. Tal como esse velho corcunda chamado Ricardo.

- Ricardo quê? Que mais se chama ele?

- Não se chama mais nada. Os reis só têm o nome que lhes dão.

- Sério?

- Sério.

- Se gostam assim, deixá-los lá! Mas eu não gostava de ser rei e ter o nome que me quisessem pôr, exactamente como se fosse um preto. Olha, onde vamos nós cavar agora a seguir?

- Não sei, mas talvez pudéssemos ir à raiz daquela árvore seca, no caminho de Still House. Que te parece?

-Acho bem.

Assim, com uma picareta torcida e uma pá ferrugenta, puseram-se os dois a caminho, dispostos a andarem umas boas três milhas.

Mal chegaram, ofegantes e cheios de calor, atiraram-se para a sombra de um ulmeiro próximo, para descansarem e fumarem um bocado. - Gosto disto - disse Tom.

- Também eu! - concordou Huck.

- Ouve lá, Huck, se achássemos aqui muito dinheiro, que farias tu com o teu quinhão?

- Todos os dias comia empadão e bebia um copo de gasosa; além disso, ia a todos os circos que por aí aparecessem. Ia ter uma rica vida, ai isso ia!

- E não guardavas dinheiro nenhum?

- Guardar dinheiro para quê?

- Para ter com que viver mais tarde.

- Não valia a pena. Qualquer dia aparecia aí o meu pai, deitava-lhe a unha e aquilo era um ar, se eu não o gastasse antes disso. E tu que farias, Tom?

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pág. 120 (Capítulo 25)

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Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 120

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174