Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 25: Capítulo 25

Página 121

- Compro um tambor novo, uma espada verdadeira, uma gravata encarnada e um cachorro. Depois, caso-me.

- Casas-te?

- Pois.

- Oh! Tom, tu... tu não estás bom da cabeça!

- Espera e verás.

- Pois será assim, mas é a coisa mais parva que podes fazer. Vê lá tu o meu pai e a minha mãe. Sempre à bulha! Lembro-me disso perfeitamente.

- Isso não quer dizer nada. A rapariga com quem me vou casar não é pessoa para andar à bulha.

- Também calculo que não são todas iguais, Tom, mas, seja como for, sempre é uma responsabilidade. Pensa bem nisto. Se o digo é para teu governo. Como se chama a rapariga?

- Rapariga não; é uma menina.

- Calculo que é a mesma coisa. Uns dizem rapariga, outros dizem menina, e tantos uns como outros têm razão.

- Hei-de dizer-te um dia, mas hoje não.

- Está bem, está combinado. O pior é que se te casas fico ainda mais só do que até aqui.

- Não ficas, porque vais viver comigo. Mas agora vamos trabalhar. Trabalharam e suaram, sem resultado, durante meia hora. Depois, trabalharam ainda outra meia hora, também sem resultado, até que, por fim, Huck disse:

- Eles enterram sempre o dinheiro num buraco tão fundo?

- Sempre não. Às vezes. No entanto, calculo que tornámos a enganar-nos.

Escolheram então um outro lugar e recomeçaram. Embora devagar, o trabalho lá ia progredindo, e os dois rapazes conservaram-se em silêncio durante algum tempo, mas, em certa altura, Huck encostou-se ao cabo da enxada, enxugou com a manga as gotas de suor da testa e disse:

- Onde vamos nós cavar quando acabarmos aqui?

- Calculo que talvez seja melhor procurarmos junto da árvore grande, lá em cima no monte Cardiff, por detrás da casa da viúva.

- Também me parece que deve ser boa ideia, mas não quererá a viúva tirar-nos o dinheiro, visto o terreno ser dela?

- Tirar-nos o dinheiro? Ela que experimente, a ver o que lhe acontece. Quando alguém acha um tesouro escondido tem direito a ficar com ele, seja de quem for o terreno onde o encontrou.

Satisfeitos com esta conclusão, continuaram a trabalhar, mas, passados momentos, Huck disse:

- Oh diabo! Devemos estar outra vez enganados. Que achas, Tom?

- É curioso, parece-me que já sei porque é. Às vezes as bruxas metem-se no caso e talvez a dificuldade venha daí.

- Olha o disparate! As bruxas não têm poder durante o dia.

<< Página Anterior

pág. 121 (Capítulo 25)

Página Seguinte >>

Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 121

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174