Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 30: Capítulo 30

Página 146
Quando a história já estava bem sabida, a viúva explicou:

- Fui para a cama ler e adormeci tão profundamente que não ouvi nada do barulho. Por que não me acordaram?

- Pareceu-nos que não valia a pena. Não era de calcular que os bandidos voltassem, tanto mais que não tinham as ferramentas necessárias. Para que serviria acordá-la e amedrontá-la? Os meus três criados negros ficaram de sentinela à sua porta, e só vieram há bocadinho.

Foram chegando mais visitas, e a história foi sendo repetida vezes sem conta.

Durante as férias não costumava haver aulas de doutrina, mas naquele dia todos chegaram cedo à igreja. Os factos da noite já então se contavam um pouco fantasiados, e constava que não havia sinais dos bandidos. Quando o sermão acabou e Mrs. Harper se dispunha a descer as escadas da igreja para sair, Mrs. Thatcher passou por ela e disse:

- A minha Becky será capaz de ficar a dormir o dia todo? Já calculava que ela ficasse muito cansada...

- A sua Becky?

- Sim - tornou a outra, com um olhar admirado.

- Ela não ficou em sua casa a noite passada?

- Não.

Mrs. Thatcher empalideceu e deixou-se cair numa cadeira. Por coincidência, passava nesse instante a tia Polly, a conversar com uma amiga.

- Bom dia, Mrs. Thatcher. Bom dia, Mrs. Harper, Calculem que o meu rapaz ainda não me apareceu. Suponho que ficou em casa de alguma das senhoras a noite passada, e agora teve receio de vir à igreja e que eu ralhasse com ele.

Mrs. Thatcher fez-se mais pálida ainda e, com um gesto de desânimo, respondeu:

- Ele não ficou em casa de qualquer de nós.

No rosto da tia Polly vincaram-se sinais de aflição. - Joe Harper, já viu hoje o Tom?

- Não, minha senhora.

- Quando é que o viu pela última vez?

Joe esforçou-se por se lembrar, mas não estava bem certo. Entretanto, as pessoas que iam a sair da igreja pararam e começaram a segredar.

Havia um certo mal-estar, que se foi espalhando pouco a pouco. As crianças foram ansiosamente interrogadas, bem como as professoras de doutrina que se tinham incumbido delas. Todos disseram que não se lembravam bem se, na volta para casa, Tom e Becky vinham ou não. Ao chegarem ao cais já era escuro, e a ninguém ocorrera ver se faltava alguma pessoa. Um rapaz aventou a hipótese de terem ficado na gruta e, ao ouvir isto, Mrs. Thatcher desmaiou, enquanto a tia Polly chorava e torcia as mãos com desalento.

<< Página Anterior

pág. 146 (Capítulo 30)

Página Seguinte >>

Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 146

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174