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Capítulo 31: Capítulo 31

Página 150
Tom conhecia-lhes os hábitos e sabia o perigo que eles representavam, por isso pegou na mão de Becky e puxou-a com ligeireza para o primeiro corredor que se lhes deparou; não foi sem tempo, porque um morcego bateu com as asas na vela de Becky, apagando-a no momento exacto em que saíam da caverna. Os morcegos perseguiram os dois pequenos durante algum tempo, mas eles foram entrando em quantas galerias encontraram, conseguindo, por fim, ver-se livres dos perigosos animais. Deste modo, Tom foi parar a um lago subterrâneo, que se estendia até que a sua forma se perdia nas sombras. Quis explorar as margens, mas concluiu que era preferível sentarem-se e descansarem um bocado. Só então, pela primeira vez, o silêncio profundo daquele lugar pesou sobre o espírito das crianças e Becky disse:

- Não dei por isso, mas agora parece-me que há já muito tempo que deixei de ouvir os outros.

- Na verdade, Becky, devemos estar muito abaixo deles, e não sei em que direcção, não sei se é norte, sul, este ou qual é. Nem podemos ouvi-los daqui.

Becky começou a estar apreensiva.

- Gostava de saber há quanto tempo estamos cá em baixo. Talvez fosse melhor voltarmos para trás.

- Sim, calculo que sim. Tens razão, vamo-nos embora.

- E sabes o caminho, Tom? Para mim é tudo muito confuso.

- Penso que me será fácil encontrá-lo. O pior são os morcegos. Se nos apagam as nossas duas velas, vai ser uma atrapalhação. O que devemos é experimentar outro caminho, para não termos de passar por ali.

- Contanto que não nos vamos perder. Seria horrível!

A pequena estremeceu só de pensar no que aconteceria se tal se desse. Enveredaram por um corredor, caminhando em silêncio e relanceando

um olhar para cada nova passagem que se lhes deparava, a ver se lhe conheciam o aspecto, mas todas eram igualmente estranhas. De cada vez que Tom fixava o olhar numa nova parede, Becky, muito atenta, examinava a cara dele à espera de um sorriso animador, e ele dizia com ar prazenteiro:

- Está bem! Está bem! Esta passagem não é ainda a que nós procuramos, mas lá chegaremos.

No entanto, de cada vez que chegava a esta conclusão, a sua esperança diminuía, e, numa dada altura, começaram a seguir por corredores ao acaso, numa ânsia de encontrarem aquele que pretendiam. Tom continuava a dizer que tudo estava bem, mas tinha tal tristeza no coração que, sem ele querer, as palavras soavam como se dissesse que estava tudo perdido.

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Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 150

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174