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Capítulo 6: Capítulo 6

Página 31

- Há horas. Ui! Não te mexas, Sid, que me matas.

- Mas por que não me acordaste há mais tempo? Ah! Por Deus, não gemas tanto. Arrepia-me ouvir-te. Que tens?

- Perdoo-te tudo, Sido (Gemidos.) Tudo o que me tens feito. Quando eu morrer...

- Oh! Tom, tu não estás a morrer, pois não? Não, Tom, não! Pode ser...

- Perdoo tudo a toda a gente, Sido (Gemidos.) Diz-lhe isto mesmo, e dá o meu bocado de caixilho e o meu gato zarolho àquela menina que chegou há pouco à aldeia. Diz-lhe…

Mas Sid tinha agarrado o fato e saído. À força de gritar e fingir, Tom já estava convencido de que sofria, e os seus gemidos tinham um tom de sinceridade.

Sid desceu as escadas a correr e disse:

- Tia Polly, venha depressa. O Tom está a morrer.

- A morrer?

- Sim, tia, não se demore. Venha depressa.

- Que disparate! Bem acredito eu nisso.

No entanto, subiu a escada a correr, levando atrás de si Mary e Sido Ia pálida e com os lábios a tremer. Quando chegou junto da cama, perguntou aflita:

- O que tens, Tom?

- Oh! Tia, eu...

- O que tens? O que tens, filho?

-Ó tia Polly, o meu dedo doente está gangrenado.

A tia deixou-se cair numa cadeira. Riu, chorou, e, depois, riu e chorou ao mesmo tempo. Então, já mais calma, exclamou:

- Que susto me pregaste, Tom! Acaba com esse disparate e sai da cama. Pararam os gemidos e a dor desapareceu do dedo.

O rapaz, sentindo que tinha feito uma triste figura, disse:

-Ó tia ria Polly, parecia mesmo que estava gangrenado, e doía tanto que até me fez esquecer o dente.

-O dente? Que tens no dente?

-Está a abanar e dói-me horrivelmente.

-Vamos, não comeces outra vez a gemer. Abre a boca. É verdade que tens um dente a abanar, mas não vais morrer por causa disto. Mary, dá-me um fio de seda e traz-me um tição da cozinha.

Tom pediu:

-Não, tia Polly, não tire. Já não me dói, e mesmo que doesse não tirar. Não, tia. Eu não quero deixar de ir à escola!

Pois já se vê que não queres. Logo vi. Todo este barulho era por pensares que tinhas que tinhas de faltar à escola e ir pescar, não é verdade? Oh! Tom, sou tão tua: amiga e tu fazes tudo quanto podes para me ralares com as tuas altura já os instrumentos necessários para a «operação» estavam prontos. A senhora atou uma das pontas do fio ao dente de Tom e a outra à cama Depois agarrou na brasa e aproximou-a da cara do rapaz.

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Capa do livro As Aventuras de Tom Sawyer
Páginas: 174
Página atual: 31

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 7
Capítulo 3 12
Capítulo 4 17
Capítulo 5 25
Capítulo 6 30
Capítulo 7 38
Capítulo 8 43
Capítulo 9 47
Capítulo 10 52
Capítulo 11 57
Capítulo 12 61
Capítulo 13 65
Capítulo 14 71
Capítulo 15 76
Capítulo 16 80
Capítulo 17 88
Capítulo 18 91
Capítulo 19 98
Capítulo 20 100
Capítulo 21 104
Capítulo 22 110
Capítulo 23 113
Capítulo 24 118
Capítulo 25 119
Capítulo 26 124
Capítulo 27 131
Capítulo 28 133
Capítulo 29 136
Capítulo 30 142
Capítulo 31 149
Capítulo 32 157
Capítulo 33 160
Capítulo 34 168
Capítulo 35 170
Capítulo 36 174