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Capítulo 13: XIII

Página 200

- E que os escreve. Vamos. Mas, se insiste em recusar, diga-me então quem é que os escreveu na parede da capela da Senhora da Saúde para eu me dirigir a ele.

- Então houve quem escrevesse versos na parede da capela? - perguntou Augusto, sorrindo.

- Não que eu visse; mas já duas pessoas mo afirmaram, e as suspeitas de ambas recaíram no mesmo homem.

- Quem foram essas pessoas?

- De uma o ouvi agora mesmo. Foi Ermelinda.

- Ah!

- A outra foi Lena.

- Le... A Sr.ª D. Madalena?

- É verdade, minha irmã. E estranhou, com razão, que eu o não soubesse.

- E como o soube ela?

- Leu-os, e pela leitura conjecturou o autor.

Augusto calou-se como absorvido por um pensamento, que todo o preocupava.

Ângelo continuou falando, sem que fosse escutado; afinal concluiu, dizendo:

- Então quer falar ao poeta da ermida para que me dê o que lhe peço?

- Poesia não lhe pode ele dar; agora se... alguns versos o satisfazem...

- Sim, sim, venham os versos; que a poesia eu a procurarei neles, até a achar. Desde já lhos agradeço.

- A ele?

- A ambos - respondeu Ângelo, rindo. - E agora diga-me Augusto: ainda está resolvido a viver aqui sempre enterrado? Não pensa em mudar de vida?

- Nenhuma outra me namora mais; o destino que a bondade da Morgada me oferecia... não tenho coragem para aceitá-lo.

Assusta-me o peso do crepe.

- Nem eu lhe digo que deva aceitar esse. Mas o Augusto não terá amigos que o ajudem a seguir outros destinos menos obscuros do que este e menos pesados do que o que o legado lhe impunha? Meu pai já...

- Que quer? Não me posso vencer até pedir ou aceitar de outrem auxílios, quando Deus mos não tem recusado ainda; nem sei até se esses destinos, que diz menos obscuros, me fariam mais venturoso.

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pág. 200 (Capítulo 13)

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Capa do livro A Morgadinha dos Canaviais
Páginas: 508
Página atual: 200

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 15
III 32
IV 49
V 68
VI 81
VII 95
VIII 113
IX 127
X 144
XI 160
XII 176
XIII 192
XIV 206
XV 226
XVI 239
XVII 252
XVIII 271
XIX 292
XX 309
XXI 324
XXII 339
XXIII 361
XXIV 371
XXV 383
XXVI 397
XXVII 404
XXVIII 416
XXX 440
XXXI 463
XXXII 476
XXXIII 487
Conclusão 506