Ilíada - Cap. 9: Capítulo 9 Pág. 48 / 178

E, dizendo estas palavras, apanhou o capacete de crinas e voltou a colocá-lo na cabeça. A mulher foi para casa, mas virou-se várias vezes para o ver e os seus olhos vertiam lágrimas de sofrimento. Ao chegar ao palácio foi rodeada pelas escravas e choraram todas juntas, pois tinham quase a certeza de que Heitor não voltaria mais.

Páris, por sua vez, não quis ficar ocioso por mais tempo. Envergou as armas, que brilhavam como o Sol, e dirigiu-se a correr para as portas da cidade. Ali encontrou-se com Heitor, a quem disse:

— Irmão, perdoa a demora. Não pude vir tão depressa como querias

Ao que Heitor respondeu:

— Páris, o que mais lamento é que todos te chamem cobarde, pois não o és. Mas deixas que tudo corra ao acaso, sem te preocupares com as consequências. Por isso os troianos falam mal de ti. Porém, vamos depressa para o campo de batalha e deixemos isso para depois. Tudo há-de acabar em bem, assim os deuses nos sejam propícios.





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