Mas Aquiles, franzindo as sobrancelhas, replicou: :
— Heitor, bem sabes que me és odioso. Portanto, nada de propostas que não aceito. Assim como não há possibilidade de um acordo entre homens e leões, assim também entre mim e ti não pode haver pactos nem juramentos. Um de nós dois cairá nesta luta e o vencedor há-de saciar a sua sede de vingança até ao fim. Faz um apelo a todas as tuas forças porque não terei piedade nem contemplações.
Assim falando, Aquiles arremessou a lança contra Heitor. Mas ele baixou-se e o bronze ficou espetado no chão, a alguns passas de distancia. Minerva correu a apanhá-lo e entregou-o a Aquiles. .
Heitor não o percebeu e escarneceu do adversário:
— Erraste o alvo, Aquiles. Mentiste ao dizeres-te informado do meu fim próximo. Agora, vê se eu tenho mais sorte, pois pretendo enterrar-te a lança no corpo até ao cabo.
E dizendo isto arremessou a lança. Acertou no escudo, mas não conseguiu atravessá-lo. Aborrecido por ter atirado sem proveito e ter ficado, ainda por cima, sem a lança, começou a chamar Deífobo para lhe dar outra arma. Mas Deífobo, que não era outra senão Minerva disfarçada, tinha desaparecido! Heitor compreendeu imediatamente que havia sido enganado e exclamou:
— Ah! Os deuses estão contra mim e trouxeram-me aqui para que tu me matasses. Agora compreendo que o meu fim está próximo. Nada mais importa! Morrerei corajosamente e a minha memória será venerada por todos os troianos.