Ouvindo as palavras da deusa, Aquiles obedeceu prontamente. Parou e apoiou-se à lança para descansar, enquanto esperava o inimigo. A deusa afastou-se e, tomando a forma de Denodo, herói troiano, aproximou-se de Heitor disfarçando a voz:
— Caro irmão — disse ela —, já deves estar fatigado desta corrida. Vim ajudar-te. Juntos enfrentaremos Aquiles sem receio.
Heitor respondeu:
— Deífobo, eu já te considerava o mais querido dos meus irmãos e agora ainda te quero mais. Só tu tiveste a coragem de vir em meu auxilio, enquanto os outros se conservam indiferentes e temerosos.
— Querido irmão, nosso pai e nossa mãe não queriam que eu viesse. Abraçavam-se a mim, suplicando-me que não me arriscasse. Mas eu não consegui ficar porque receava por ti. E, agora, enfrentemos Aquiles. Ou o matamos ou morremos Juntos.
Tendo falado assim, a deusa reacendeu a coragem no espírito de Leitos Guiou-o até junto de Aquiles e desapareceu, sem que ele o percebesse, deixando-os frente a frente.
— Filho de Peleu — disse Heitor —, não fugirei mais de ti. Estou resolvido a terminar esta luta, quer vença, quer seja vencido. Mas quero fazer um acordo contigo. Se eu sair vencedor, levarei as tuas armas, mas entregarei o teu corpo aos guerreiros gregos sem te mutilar nem ultrajar, para que eles te prestem as devidas homenagens. Tu farás o mesmo comigo se saíres vitorioso.