Os Fidalgos da Casa Mourisca - Cap. 21: XXI Pág. 306 / 519

- Que queres tu dizer com isso?

- Ora! isto de rapazes e raparigas... quando se vêem a miúdo...

Tomé corou, exclamando com mau modo:

- Tu estás doida, Luísa?

- Ora adeus! Quem sabe lá?

- Ó mulher, não queiras que eu perca a confiança que sempre tive no teu bom juízo.

- Eu não digo... mas enfim...

- Ora adeus, adeus! - atalhou Tomé, quase agastado - há certas coisas que nem a brincar se dizem.

- Pois que mal havia?

- Mau! Ó Luísa, peço-te por favor que te não ponhas com essas graças. Ora para o que te havia de dar!

- Então, porquê?...

- Ora, porque não. Há certas lembranças que até me envergonho de pensar nelas.

Luísa, em vista da repugnância do marido, não ousou insistir. Mas a pobre mulher, com as ambições de mãe, já não podia deixar de olhar a Casa Mourisca e imaginar o efeito que produziria a sua Berta em uma das balaustradas ou das ogivas daquele antigo edifício.





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