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Capítulo 38: Conclusão

Página 515
Conclusão

Não se fez esperar muito o casamento ajustado à cabeceira do leito do fidalgo da Casa Mourisca.

Depois de vencida a importante demanda, que havia tanto tempo pesava sobre a sua propriedade, Jorge achou-se mais desembaraçado na empresa a que dedicara a juventude.

Alienando algumas fazendas distantes, que serviam apenas de estorvo à administração das outras, sem compensarem os sacrifícios que exigiam, acabando de desonerar de opressivas hipotecas as que ainda definhavam sob elas, e entrando em uma via metódica e segura de melhoramentos, habilitou-se em breve tempo a contrair um empréstimo valioso no crédito predial, amortizável em poucos anos; e com o capital obtido em tão favoráveis condições e prudentemente administrado tinha quase certa para não longínquo futuro a completa realização do seu constante e generoso pensamento.

O enegrecido e triste solar da Casa Mourisca remoçou no dia em que o moço proprietário dele pôde remir a sua última dívida a particulares. Esta foi a de Tomé da Póvoa.

O povo da aldeia viu de novo abrirem-se de par em par as janelas da velha Casa Mourisca, limparem-se das ervas parasitas as longas avenidas da quinta, erguerem-se do chão as estátuas derrubadas, jorrarem como em outros tempos as águas dos encanamentos desobstruídos, coroarem-se de ameias as torres mutiladas, dourarem-se as colunas de talha da capela do palácio, e, ao ver isto, o povo acreditou que iam voltar dias felizes para aquela família, sobre a qual pesara o jugo do infortúnio.

Espalhou-se voz e fama do muito que fizera Jorge para conseguir esta restauração.

Admirava-se, aplaudia-se a energia e a sensatez do moço, que emendara o desvario dos seus antecessores, comentavam-se os actos da sua vida de rapaz,

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pág. 515 (Capítulo 38)

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Capa do livro Os Fidalgos da Casa Mourisca
Páginas: 519
Página atual: 515

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 18
III 25
IV 42
V 54
VI 62
VII 72
VIII 86
IX 102
X 114
XI 127
XII 137
XIII 145
XIV 155
XV 168
XVI 197
XVII 214
XVIII 233
XIX 247
XX 255
XXI 286
XXII 307
XXIII 317
XXIV 332
XXV 348
XXVI 358
XXVII 374
XXVIII 391
XXIX 401
XXX 414
XXXI 426
XXXII 440
XXXIII 450
XXXIV 462
XXXV 477
XXXVI 484
XXXVII 499
Conclusão 515