Dizendo isto, Heitor pendeu a cabeça e expirou. Apesar de o ver morto, Aquiles ainda exclamou:
— Morre, miserável! Agora, o destino funesto pode vir ao meu encontro quando o quiserem os deuses eternos.
Então, arrancou a lança do cadáver e despojou-o da ensanguentada armadura. Acorreram logo os outros guerreiros, a ver de perto aquele que Ihes infligira tantas derrotas. E todos desfariam um golpe no corpo inanimado, preferindo palavras de ódio e desprezo.
Em seguida, Aquiles amarrou os pós de Heitor ao seu carro e, chicoteando os cavalos, começou a correr pela planície, arrastando atrás de si o corpo do herói. A bela cabeça de Heitor, antes tão majestosa, ia varrendo o chão com os seus cabelos castanhos e cobrindo-se de pó. Assim permitiam os deuses que no seu próprio torrão natal fosse ultrajado o corpo do herói.