Eis que Heitor se aproxima e, atrás dele, a multidão de troianos. Porém, ficaram surpresos ao encontrar cerradas falanges inimigas e foram obrigados a deter-se. Uma chuva de dardos caia sobre as tropas e o próprio Heitor teve de recuar, vacilante. Depois, voltou novamente ao ataque.
— Avante, guerreiros! — gritava. — Os gregos não poderão resistir-me por muito tempo, ainda que se agrupem poderosamente, pois Júpiter está comigo!
Atrás do chefe marchava Delfobo, filho de Príamo, que comandava uma tropa de excelentes guerreiros. Sobre ele precipitou-se Meriones, atirando-lhe um dardo que atingiu o escudo e se partiu. Enraivecido por ter falhado o golpe, Meriones afastou-se para ir buscar outra lança à sua tenda.
Entrementes, o herói Teucro, irmão de Ájax, matou o guerreiro âmbrio, filho de Mentor, que muito se vinha distinguindo entre os aliados dos troianos. Ferido no pescoço, o guerreiro caiu pesadamente, qual tronco abatido na floresta. Teucro baixou-se avidamente para despojar-lhe o cadáver, mas foi visto por Heitor que lhe lançou um dardo. O projéctil destinado a Teucro atingiu, porém, outro guerreiro. Ájax aproximou-se correndo para defender o irmão das armas de Heitor e arremessou-lhe a comprida lança. Mas Heitor era invulnerável, pois tinha o corpo todo revestido por uma espessa armadura.
Idomeneu, chefe dos cretenses, vendo Meríones a correr para a sua barraca, disse-lhe:
— Meriones, tu és o mais querido dos meus amigos mas não posso deixar de te censurar. Que fazes afastando-te assim da carnificina?
Ao que o valente Merlones respondeu:
— Vinha à procura de uma lança, pois a minha quebrou-se contra o escudo do arrogante Deifobo. Terás na tenda alguma sobresselente que me possas dar?